Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.
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sábado, 12 de setembro de 2009

Era fatal que o faz-de-conta terminasse assim.

Agora eu era o herói e o meu cavalo só falava inglês. A noiva do cowboy era você além das outras três... Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões. Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock para as matinês. Agora eu era o rei, era o bedel e era também juiz. E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz. E você era a princesa que eu fiz coroar, era tão linda de se admirar que andava nua pelo meu país. Não, não fuja não, finja que agora eu era o seu brinquedo. Eu era o seu pião, o seu bicho preferido. Vem, me dê a mão a gente agora já não tinha medo. No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido. Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim. Pra lá deste quintal era uma noite que não tem mais fim... Pois você sumiu no mundo sem me avisar e agora eu era um louco a perguntar: O que é que a vida vai fazer de mim?

Thay.


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