Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.
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quinta-feira, 24 de junho de 2010

O que eu também não entendo.

Você não olha nos meus olhos. Desaparece por dias. Não demonstra sentimento, embora eu desconfie que sinta algo (não é possível que você seja de pedra. Indiferença apenas?) Bem no fundo, eu sei que rola interesse. O que faço, então? Como desarmar essa resistência? É um escudo? Uma barreira? A máscara eu sei que existe. Vejo quando a põe na frente dos outros, mas a retira comigo. Por isso, os outros não entendem o que vi em você. Não entendem, porque acreditam na máscara. Pensam que estou completamente equivocada. Sim, sei. Também devo ter meus defeitos. Provavelmente sou eu mesma que te afasto. Afinal, são tantos defeitos! Talvez, seja muita dificuldade para pouca recompensa. Mas é em você que eu penso. É com você que eu sonho. Vê o quanto me importo? Tanto a ponto de não fazer mais sentido. Alguém entende o que eu componho? O desejo de me entender só aumenta. Eu não compreendo uma só coisa em mim. E pelo visto tampouco você. Quando eu te afasto, seu bobo, é só para você sair correndo, desesperadamente atrás de mim, dizendo que me ama, apesar de todo o esforço do Universo em nos manter separados.

Vanessa Braga.

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